Variações sobre a vontade de potência (ou: O Gostosão daqui sou eu)
O intento é simples: demonstrar, de maneira perfunctória, como se caminhou, a partir da idéia nietzschiana da Vontade de Potência, a autoafirmação humana de acordo com os anseios dos indivíduos em face da sociedade, de Luís XIV ao Ceará contemporâneo.
"l'État, c'est moi". À época dos Luíses, o absolutismo monárquico imperava. Todo o esforço de um Bodin ia no sentido de se justificar o poder temporal absoluto do rei. E assim, O Rei Sol viveu o ápice do glamour naquela França ao passo deu substancioso contributo para a Revolução que não tardou muito...
Ceará. Nossos dias. Nada é mais ouvido que este refrão: "Me diz quem o gostosão daqui: sou eu! sou eu! sou eu!" O cearense de hoje não mais tenciona se confundir com (ou ser) o Estado. Pouco importa! O "lance" é ser o Gostosão. O Gostosão é o indivíduo que "acontece", é A pessoa. Detalhe interessante é que não é qualquer gostosura: é a do lugar, "daqui"; é a Gostosura in loco.
Assim, a vontade de potência delimita as manifestações humanas (rs)
5 Comments:
Ah... Então tá explicado porque tu és um Herbie! La la la la...
Como discordar.
Rapaz, quando eu vi esse negócio de potência misturado com o gostosão daqui não pude pensar em coisa boa... "será que o gostosão é brocha?"
todo mundo escreve Nietzsche sem o S.
Coitado do S.
enfim.
no mais, adiciono o "sou praiê-ro, sô guerrêro-ô, tô soltê-ro, quero mais u q?" ao seu post.
Pelo menos nos nossos dias se é bem menos pretencioso que Luís XIV
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